Para Startups: conheça o Ciclo de Morte do Produto

A parte mais difícil na vida de um novo produto é logo depois do lançamento, quando ele dá de cara com o mercado e as falhas na experiência e uso começam a ser evidentes. É uma fase crítica onde as iterações e mudanças no produto devem alcançar mais tração e mais usuários. Nesse contexto surge um ciclo vicioso do qual você deve fugir…

Conheça o ciclo de morte do produto

Esse diagrama foi twittado por David Bland, mentor e consultor de startups de tecnologia em São Francisco e dá um certo medo.

CICLO-DA-MORTE-DO-PRODUTO

O fluxo é orientado para a morte do produto, ou seja, um cenário onde as pessoas vão parar de usar seu app apesar dos seus esforços de pesquisa e desenvolvimento.

1. Ninguém usa o seu produto

O estado natural de um produto é não ter usuários então esse não é o problema maior. As complicações chegam com as suas ações para conseguir usuários.

2. Você pergunta aos usuários “quais funcionalidades estão faltando?”

Um dos erros na fase inicial de um produto é trocar a visão de produto pelo feedback dos usuários. É preciso conciliar as duas coisas. “Mas porque não posso perguntar para o meu usuário o que ele acha que está faltando?” Vou te explicar. São três motivos:

Nicho de usuários

As pessoas que amam seu produto podem não representar a grande parcela de não-usuários que você quer converter. Isso quer dizer que o feedback dos early-adopters engajados será válido apenas para esse nicho e as sugestões de novas funcionalidades podem não satisfazer os desejos da maioria.

Nem todo mundo é designer

Pesquisas com usuários são uma ótima ferramenta para tratar problemas de projeto, mas você não pode esperar que os usuários saibam a melhor solução prática. Esse é o trabalho do designer!

Problema além do desenvolvimento

Ao perguntar quais as funcionalidades que estão faltando assume-se que todos os problemas do seu produto serão resolvidos adicionando funcionalidades. A verdade é que a experiência do usuário é composta de vários fatores e talvez o problema do produto seja o preço, estratégia de marketing ou outros fatores externos.

3. Você cria as funcionalidades que faltam

A segunda fase do Ciclo de morte do produto é focar os esforços nas funcionalidades sugeridas pelos usuários, desenvolvendo cada versão com uma feature adicional. O problema nessa abordagem é que ela cria uma espécie de falácia da próxima funcionalidade, ou seja, o erro de pensar que todos os problemas do seu produto serão resolvidos com o lançamento de novas versões com mais atrativos.

Quebrando o ciclo

Equipes ou CEOs que acabam caindo nesse ciclo vicioso tendem a achar que estão tomando as melhores decisões. Eis a verdade: ouvir usuários e desenvolver o que seus usuários pedem não será a salvação pro crescimento estagnado na sua base de usuários.

Você e sua equipe no controle da estratégia.
Você e sua equipe no controle da estratégia.

Se leu esse post até aqui você já consegue diagnosticar até que ponto o ciclo da morte do produto afeta sua estratégia. O próximo passo é sair dele. Reúna sua equipe e use técnicas para investigar as raízes do problema – recomendamos a técnica dos 5 Whys. Com as causas do problema definidas você conhecerá as soluções mais adequadas para cada uma delas: marketing, preços, distribuição, RP, marketing de conteúdo, US, etc.

Próximo passo: conseguir mais usuários

Você já identificou essa falha na sua estratégia e começou a dar mais atenção aos problemas de primeira ordem. Agora nada pode te impedir de fazer o seu produto crescer. É hora de encontrar oportunidades para o Growth Hacking e ver as coisas tomando um rumo diferente.

E lembre-se: sempre mantenha o contato com o seu público e usuários, investigando o conjunto de motivações que fazem o seu produto ser usado e recolhendo feedbacks que podem (mas não devem) auxiliar no desenvolvimento das próximas versões. Ah, e se ficar preso nesse ciclo é só mandar uma mensagem pra gente. Adoraríamos te ajudar nessa :)

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