WordPress lento nunca mais – como deixar site e painel mais rápidos

Cada vez mais se fala sobre experiência de usuários em plataformas digitais e da sua importância para negócios que querem crescer com vigor e atingir suas metas.

Sabemos que existem vários fatores que separam uma experiência prazerosa de uma que deixa a desejar. Um site com estética apelativa, conteúdo feito sob medida para um público específico e arquitetura da informação que atende os objetivos do visitante costuma ser o produto final de projetos de UX.

Por outro lado, pouco se fala da capacidade de entrega de recursos, ou performance de páginas. O tempo de carregamento de um site e a forma como a lentidão é percebida pelos usuários, embora pouco questionada em projetos de design de produto, desempenham também um papel importante no comportamento de visitantes.

Visualização de como uma experiência de carregamento ruim pode dar a impressão de que uma página é interativa sem que todos os recursos necessários sejam carregados. Isso pode deixar seus usuários frustrados.

No caso de sites que utilizam o CMS WordPress como estrutura, a lentidão pode virar um problema não só para visitantes finais, mas também para pessoas que executam as rotinas de editoria e publicação de conteúdo de blog e páginas.

O problema da lentidão

Sites lentos são um problema quando geram prejuízo para alguma das partes que se relacionam com a plataforma. Se em várias indústrias já se fala sobre eficiência e performance, porque deveríamos encarar isso de forma diferente com nosso site?

Insights do Think With Google sobre o impacto do tempo de carregamento no comportamento

Lento para visitantes

A percepção da lentidão tem muito a ver com a velocidade da banda de quem acessa. Sabemos das limitações da internet móvel no Brasil e que o sinal das redes é geralmente instável em determinadas áreas. A percepção da lentidão de uma página acessada por um usuário desktop com banda larga (10mbps) é completamente diferente por um usuário mobile em rede 3G ou 4G.

O What Does My Site Cost mostra quanto seus usuários estão pagando em cada acesso ao seu site, baseado em seus custos de internet

Não só pelos segundos de demora para renderização da página, mas pelo que ele espera, baseado na sua experiência anterior com outros sites. O usuário em desktop e internet rápida espera que um vídeo no Youtube seja carregado nos primeiros segundos; já o usuário mobile com internet 2G sabe que em suas condições esse mesmo conteúdo vai demorar mais para carregar – e isso é perfeitamente aceitável.

O prejuízo aqui se dá mais em páginas com conversão, sejam formulários ou botões para serem clicados (ex.: comprar, em lojas virtuais). Quando páginas-chave demoram a carregar, há a percepção de que alguma coisa está quebrada, levando à desistência. Geralmente, quanto mais lenta uma página é, maiores são suas taxas de abandono por visitantes e taxas de conversão.

Painel de administração lento

Um outro ponto pouco observado é o impacto que um WordPress lento tem nas rotinas internas de uma organização. Para o funcionamento de um blog, por exemplo, são necessárias várias rotinas e tarefas de editoração e publicação de conteúdo que passam pela interface de administração.

Da mesma forma, lojas virtuais (WooCommerce) têm rotinas de gerenciamento de estoque e atualização de conteúdo de produtos que passam pelo painel de administração. Essa lentidão faz com que tarefas desse tipo demorem mais tempo para ser concluídas e, consequentemente, gastem mais tempo do autor, editor ou gestor de loja. Todo negócio deve buscar corrigir essas falhas de eficiência, já que o tempo é um recurso limitado e tem custo para a empresa.

Seu WordPress está lento?

O primeiro passo é saber o quanto seu site está lento. Para isso contamos com alguns testes de performance gratuitos que fornecem várias métricas. Com elas é possível diagnosticar que fatores técnicos estão puxando a velocidade das suas páginas para baixo e deixam o backend lento.

Testes de velocidade

Os principais do mercado hoje são o Google Speed Insights, o Lighthouse (extensão do Chrome) e o Teste de Performance (nacional). Funcionam de forma simples: ao inserir uma URL, a ferramenta simula visitas na página e registra alguns indicadores de performance.

Resultado de teste de performance do Lighthouse

Veja algumas métricas de performance e entenda o que significam.

  • Tempo para o primeiro byte – em segundos, o tempo que leva para o navegador de quem acessa receber a primeira informação de uma página. É desejável que seja menor do que 0,3s. Sinaliza servidores lentos ou problemas de redirecionamento.
  • Tamanho total da página – em megabytes, é o peso total de todos os recursos que uma página carrega, contando documentos de texto (HTML, CSS e JS) e mídia (imagens, vídeos e som). Quanto mais pesada uma página, mais lento é seu carregamento.
  • Tempo de carregamento da página – também em segundos, é o tempo que leva para que todos os recursos de uma página sejam carregados integralmente. É afetado pela velocidade da internet (banda) de quem acessa. É recomendado que seja menor do que 3 segundos.

Em geral, esses insights ajudam a diagnosticar as causas da lentidão. As ferramentas de teste também fornecem dicas de correção – tarefas que podem ser realizadas na estrutura do site por um desenvolvedor ou técnico de infraestrutura.

Sempre é possível otimizar um site (até os mais rápidos podem ser otimizados). O ponto é que existem correções que, pela melhora no tempo esperado, podem não ser eficientes se relacionadas com os recursos (tempo e dinheiro) empregados para realizar a tarefa. Ajustes finos de código e estrutura devem ser feitos somente depois do básico.

Deixar o site rápido

O básico da otimização são tarefas que têm alto impacto na velocidade. Veja os pontos principais que vão fazer suas páginas decolarem.

Hospedagem para WordPress

Planos baratos de hospedagem são uma forma econômica de viabilizar a publicação do seu negócio online, mas na medida em que seu alcance e número de visitantes cresce, é um serviço que merece um upgrade.

Entre os servidores on cloud mais usados do mercado, os da Digital Ocean saem na frente. Tempos de resposta, taxa de erros e preço menor do que o serviço AWS da Amazon

Os serviços de hospedagem oferecidos amplamente no mercado brasileiro oferecem planos com servidores antigos. Diferente de um servidor dedicado, os compartilhados abrigam diversos sites e, quando há sobrecarga, todos os sites sofrem variações na velocidade. Geralmente rodam versões desatualizadas de frameworks necessários para o perfeito funcionamento do WordPress – existem servidores oferecidos hoje que rodam a versão 5 do PHP, enquanto já existe a versão 7 desse framework. Por padrão, alguns desses serviços têm também limitadores de velocidade.

Upgrades de plano não resolvem o problema. Muitas vezes refletem melhoras tímidas em alguns indicadores (tempo para o primeiro byte e de carregamento), mas a estrutura continua com suas limitações no core. Chega um ponto que a lentidão dos serviços convencionais de hospedagem torna inviável a hospedagem nesse meio.

Para corrigir, é indicada a migração para servidores com tecnologia on cloud. Infelizmente, as empresas brasileiras de hospedagem que oferecem essa estrutura, fazem a precificação com mãos pesadas. Torna-se muito mais vantajoso contratar serviços de fora – mesmo em dólar, o preço mensal fica muito atrativo e, em alguns casos, bem próximo ao preço de planos com servidores compartilhados.

A migração deve ser acompanhada por um especialista em infraestrutura, que fará as configurações corretas para que o WordPress rode com alta performance. Também será possível configurar rotinas de backup e segurança.

Plugin de cache

Não subestime o poder que os plugins de WordPress têm. No âmbito da performance, recomendamos instalar um plugin de cache. Essa tecnologia faz com que visitantes que retornam já tenham muitos recursos do site pré-carregados em seu navegador, oferecendo carregamento instantâneo de grande parte das requisições.

Um dos melhores hoje é o W3 Total Cache. Além da tecnologia de cache, oferece o recurso de minificação de recursos (HTML e JS minify), tornando o site também mais leve (peso da página). Na oficial do plugin são apresentados os seguintes benefícios:

  • Melhora nos rankings em mecanismos de busca, especialmente para sites mobile-friendly e que já utilizam SSL
  • Renderização otimizada: a página carregada fica interativa muito mais rápido
  • Redução no tempo de carregamento de páginas: melhora o tempo do visitante no site e número de visualizações de páginas na sessão
  • Melhora na performance do servidor: sustenta períodos e picos de tráfego
  • Economia de banda de até 80% com a compressão (minify) de HTML, CSS e Javascript

Redesign, otimização de imagens e outros ajustes

Os dois pontos básicos de otimização podem trazer melhoras impressionantes e é por onde recomendamos que a otimização de performance comece.

Feito isso, um outro ponto fácil de otimização pode ser em imagens, que geralmente correspondem uma grande parte do peso de páginas, especialmente em páginas com muitas fotos. São arquivos que podem passar por compressão e ter seu tamanho reduzido em até 90%. Existem tecnologias que tornam o carregamento de imagens mais inteligente que podem ser explorados, como Lazy Loading e CDN.

Sites também podem ter funcionalidades e conteúdo revisado em um redesign que o torne mais simples e direto, evitando qualquer excesso de informação no layout – que, num ponto de vista de performance, sempre significa páginas mais pesadas e, portanto, mais lentas.

Continue otimizando com ajustes finos indicados pelos testes de performance. Podemos ajudar a definir prioridades baseado na sua estrutura atual. Sites em WordPress não são lentos – se tem uma coisa que vimos com os anos é que os problemas de lentidão são derivados de erro de configuração, mau desenvolvimento e servidor inadequado.

Vamos corrigir isso? Manda uma mensagem pro nosso time.

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