5 lições de negócios que aprendemos com David Bowie

Não precisamos ser especialistas na indústria musical para saber que é necessário inovar para estar sempre em evidência, ou seja, no topo da lista de mais tocadas. Essa regra também é válida para as empresas e negócios comuns.

No Brasil, por exemplo, uma média de 50% das empresas declaram falência após 3 anos de atividade (veja mais números). Nos Estados Unidos, o tempo médio de vida das empresas em 1957 era de 75 anos. Em 2012 esse tempo baixou para 15 anos.

Nesse sentido, quais foram as vantagens competitivas que fizeram com que Bowie estivesse sempre em evidência? O que podemos aprender, como empresa, para estar sempre no topo como igual David Bowie esteve?

Space Oddity - 1969
Space Oddity – 1969

1 – Saber a hora de seguir em frente

O título camaleão do rock é merecido. Bowie sabia a hora certa de mudar de estilo musical e adotar personas diferentes.

Seu primeiro álbum de grande sucesso, Space Oditty (1969), seguia o estilo musical do Folk Rock e Rock Progressivo. Em 1973, Bowie lança o álbum Aladdin Sane, no estilo Glam Rock e Hard Rock. Em turnê de promoção do seu oitavo álbum, Diamond Dogs (1974), pelos Estados Unidos, Bowie fica fascinado pelo estilo musical do Soul e reinventa sua música – explorando um novo mercado e pegando fãs e críticos musicais de surpresa. Essa fase Soul do álbum Young Americans, de 1975, teve um sucesso avassalador e nunca visto anteriormente na carreira de Bowie. A música Fame, escrita em parceria com John Lennon, foi o primeiro Single de Bowie a chegar no primeiro lugar de músicas mais tocadas nos Estados Unidos. Bowie ainda retorna ao primeiro lugar em 1983, com a música Let’s Dance, em mais um estilo: o Dance Pop.

The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars - 1972
The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars – 1972

2 – Inovação como modelo

Inovação é um processo amplo de concepção de ideias e execução em busca de novos cenários e novos resultados e Bowie sempre lidou bem com isso. Bowie nunca sucumbiu a um modelo certo de sucesso e sempre procurou trazer coisas novas para seu som e seu estilo. Se reinventou inúmeras vezes ao longo dos anos e nunca aceitou entrar em uma zona de conforto em seu trabalho artístico. Construía e descontruía seu trabalho continuamente.

 

Alladin Sane - 1973
Alladin Sane – 1973

3 – Parcerias estratégicas e colaboração

Bowie era um visionário e sabia escolher bem seus coreógrafos, artistas, fotógrafos, designers, produtores e músicos para chegar ao resultado que buscava. Soube fazer parcerias pontuais e estratégicas como “Under Pressure” com Freddy Mercury e mais diversos encontros musicais com nomes como John Lennon, David Smith e até Arcade Fire.

Young Americans - 1975
Young Americans – 1975

4 – Selecionar com cuidado suas influências

Bowie também era um mestre na assimilação de influências. Conseguia abstrair e identificar tendências como oportunidades em sua linguagem musical. Duas influências importantes no trabalho de Bowie foram a de Andy Warhol, um dos expoentes do Pop Art, e do Velvet Underground, banda da década de 60 experimental e de vanguarda – não muito reconhecida na época pelo estilo adotado, mas que hoje é peça fundamental na história do Rock’n Roll. Bowie remixou as influências e criou seu próprio estilo de uma maneira única. Procurava e identificava tendências de vanguarda, adicionava seu toque pessoal e ainda arriscava com influências originais e inesperadas.

Let's Dance - 1983
Let’s Dance – 1983

5 – Manter-se sempre atualizado

Acompanhando os eventos de aterrissagem da nave Apollo 11 na lua em 1969, a divulgação das primeiras imagens da Terra tiradas do espaço e fala da célebre frase do astronauta russo Yuri Gagarin “A Terra é Azul”, Bowie lança a música de temática espacial com o verso: “Planet Earth is blue, and there’s nothing I can do.” no single Space Oddity. Bowie sabia relacionar seu trabalho com grandes eventos e ícones culturais contemporâneos e mostrava estar sempre por dentro do que acontecia no mundo.

Earthling, 1997
Earthling, 1997

Legado musical

Bowie não deixou apenas um legado musical, mas também importantes lições de negócios que vão muito além do seu trabalho na indústria musical.

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