Usabilidade é o termo utilizado para se referir a facilidade de uso de um sistema ou ferramenta. Ela costuma ser requisitada no desenvolvimento de sites e-commerce ou em sistemas que serão utilizados por clientes. A usabilidade abrange diversos pontos, como a disposição de elementos gráficos, o tamanho das letras e até mesmo o contraste entre as cores.
É muito comum que, ao desenvolver um site ou software para o cliente, se pense na usabilidade do que será feito. Afinal, o produto digital deve satisfazer o cliente e suas necessidades de forma intuitiva e usual. Entretanto, a usabilidade nem sempre é levada em consideração ao desenvolver um sistema corporativo, voltado para um grupo específico e interno da empresa, o que é um erro. Com um sistema de boa usabilidade é possível reduzir os custos com treinamentos da equipe e otimizar o tempo gasto em cada função executada pelo sistema.
A função principal de um sistema corporativo é agilizar e automatizar processos. No caso de um sistema corporativo que mais confunde do que auxilia, ele pode dificultar a realização de tarefas.
Guiando os usuários – usabilidade aplicada em sistemas corporativos
Dentre os principais elementos de usabilidade importantes para um sistema corporativo destacam-se:
- Consistência: um dos princípios da usabilidade é a consistência, que garante que informações parecidas sejam apresentadas de formas similares e que uma mesma ação tenha a mesma função em diferentes aplicações. Isso facilita o processo de memorização e intuição do usuário, pois se em todo o sistema a tecla “delete” apaga uma informação preenchida errada, o usuário irá memorizar esse processo e usar o sistema de forma mais intuitiva.
- Filtros: muitos sistemas corporativos possuem telas de consulta com diferentes filtros, assim a informação buscada é achada de forma mais fácil. Por exemplo, em um sistema de consulta das vendas anteriores, um membro da equipe deseja ver a taxa de vendas de um ano atrás. Nesse caso um filtro por datas torna esse trabalho simples e rápido de ser realizado.
- Definir o que o usuário precisa: entender o motivo do usuário para acessar aquele sistema facilita a compreensão de como deixá-lo intuitivo e prático. Por exemplo, se a equipe de vendas acessa o sistema mensalmente para checar as vendas do mês anterior, a consulta dessa folha de vendas deve estar facilitada para ele.
- Padrões e convenções: esse tópico é relacionado com a consistência, pois é importante que o desenvolvedor deixe botões com as mesmas funções em telas semelhantes, no mesmo local da tela anterior. Por exemplo: se um membro da equipe acessa o sistema para consultar as folhas dos 12 últimos meses e nos últimos 6 meses o botão para exportar esses dados estava no canto superior direito da tela, no 7º mês ele vai esperar que o botão esteja nesse mesmo lugar.
Controle de tarefas
Para um sistema de boa usabilidade o usuário deve ter um controle de todas as tarefas que está realizando, isso faz com que o sistema seja mais aceito pelo usuário. Por exemplo, o usuário deve conseguir cancelar de forma simples uma tarefa que estava realizando, sem perder os dados que já havia obtido.
Gestão de erros
Por mais usual e bem planejado que o sistema corporativo seja, ele tende a apresentar erros. O que o desenvolvedor pode (e deve) fazer é se preparar para que o próprio sistema possa contornar esses erros, assim o usuário entende o que deu errado e pode sair daquela situação. Por exemplo, se o sistema aceita apenas datas com o formato dd/mm/aaaa e usuário tentar abreviar, o sistema vai ter erro. Mas se o sistema der um feedback de qual erro está acontecendo, o próprio usuário pode modificar essa data.
Arquitetura da informação
Essa expressão se refere ao ato de deixar as informações organizadas de uma forma que o próprio usuário consiga localizá-las rápida e intuitivamente. Um exemplo disso é colocar a opção de comprar um produto sempre ao lado do anúncio desse produto, pensando na disposição dos elementos.
Teste de usabilidade
Alguns testes de usabilidade podem ser realizados, identificando quais estratégias estão dando certo e quais precisam ser melhoradas. Esses testes podem ser feitos de forma simples e barata, apenas observado a interação de um usuário com o sistema, quais suas dificuldades e opiniões. É importante que o teste seja feito por alguém que não participou do desenvolvimento do sistema corporativo, pois ele já teve diversos contatos com o sistema e o conhece muito bem.
Com essas dicas é possível melhorar a performance do seu sistema corporativo, mas em muitos casos é necessário uma equipe especializada para realmente deixá-lo com uma boa usabilidade.
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