Como melhorar usabilidade de sistemas e aplicativos

A evolução do UX Design é realmente uma história sobre como fazer a tecnologia funcionar melhor para as pessoas. No início eram interfaces com foco em funcionalidade, mas chegarmos onde estamos hoje, com uma grande ênfase na facilidade de uso e na aparência para tornar os sistemas mais amigáveis a mais pessoas.

Para quem gerencia projetos de TI, essa jornada trouxe desafios complexos. É preciso equilibrar as restrições técnicas com a necessidade de criar experiências que sejam realmente fáceis e agradáveis para todos os usuários. Afinal, um sistema difícil de usar pode facilmente se tornar uma barreira, afetando todo o serviço, desde a adoção do produto até a satisfação do cliente.

A chave aqui é realmente focar no projeto da usabilidade. Isso significa entender profundamente as pessoas e o que eles precisam, e então projetar com isso em mente. Não se trata apenas de fazer com que o produto “funcione” – é sobre fazer com que ele funcione de uma maneira que faça sentido no contexto de quem vai usá-lo. Para nós, como profissionais de design, isso significa colocar os usuários no centro de tudo o que fazemos, garantindo que a tecnologia não só atenda aos objetivos de negócios, mas também seja acessível e prazerosa de usar.

História e Contexto

A usabilidade, como um campo de estudo, ganhou destaque na década de 1980, época em que os computadores começaram a se tornar comuns em ambientes de trabalho e residenciais. Don Norman, um pioneiro no estudo da experiência do usuário, introduziu o conceito de “design centrado no usuário”, hoje amplamente difundido como o campo de estudo do UX ou “user experience, que enfatiza a importância de entender as necessidades e limitações dos usuários durante o processo de design.

Fundamentos da Usabilidade

A usabilidade é frequentemente definida por cinco componentes principais: eficácia, eficiência, segurança, utilidade e facilidade de aprendizado. Um sistema ou aplicativo usável não apenas atende às necessidades específicas dos usuários de forma eficiente e eficaz, mas também é intuitivo, minimizando o risco de erros e facilitando um processo de aprendizado suave.

Boas Práticas em Usabilidade

  1. Design Centrado no Usuário (DCU): Inicie o processo de design com uma compreensão profunda de quem são seus usuários e o que eles precisam. Isso pode envolver a criação de personas de usuário, mapeamento de jornadas do usuário e realização de testes de usabilidade.
  2. Simplicidade e Clareza: Mantenha interfaces limpas e simples. Evite sobrecarregar o usuário com informações desnecessárias ou opções complicadas. A clareza nos elementos de design e nas opções disponíveis é essencial.
  3. Consistência: Garanta que elementos similares se comportem de maneira consistente. Isso inclui design visual, terminologia e layout. A consistência ajuda a criar uma experiência de aprendizado mais rápida e reduz a confusão.
  4. Feedback Visual: Forneça feedback imediato sobre as ações do usuário. Seja uma mudança de cor de um botão quando clicado ou uma mensagem de confirmação após uma ação, o feedback visual informa os usuários de que suas ações foram reconhecidas.
  5. Testes de Usabilidade: Envolver os usuários finais no processo de teste é crucial. Observar usuários reais interagindo com o sistema ou aplicativo pode revelar problemas inesperados de usabilidade que precisam ser abordados.

As 10 Heurísticas de Nielsen

As 10 heurísticas de Nielsen, por exemplo, formam um conjunto de princípios básicos para a interface de design de usuário, criados por Jakob Nielsen e Rolf Molich em 1990. Essas heurísticas nasceram da necessidade de orientar designers e desenvolvedores na criação de interfaces mais intuitivas e amigáveis, reduzindo a curva de aprendizado para os usuários e melhorando a eficiência e satisfação no uso de sistemas digitais.

Esses princípios são amplamente adotados na avaliação heurística de usabilidade, uma técnica para identificar problemas em um design de interface de usuário. Aqui está um resumo de cada uma das 10 heurísticas:

  1. Visibilidade do estado do sistema: O sistema deve sempre informar os usuários sobre o que está acontecendo, através de feedbacks apropriados dentro de um tempo razoável. Isso mantém o usuário informado e reduz a ansiedade.
  2. Correspondência entre o sistema e o mundo real: O sistema deve falar a língua do usuário, com palavras, frases e conceitos familiares, seguindo a lógica do mundo real. Isso facilita a compreensão e o uso da interface.
  3. Controle e liberdade do usuário: Os usuários frequentemente realizam ações por engano e precisarão de uma “saída de emergência” clara para deixar a situação indesejada sem ter que passar por um processo extenso. Isso dá aos usuários uma sensação de controle.
  4. Consistência e padrões: Os usuários não devem ter que adivinhar se palavras, situações ou ações diferentes significam a mesma coisa. Seguir convenções da indústria e ser consistente ajuda na aprendizagem e na eficiência do uso.
  5. Prevenção de erros: Melhor que boas mensagens de erro é um design cuidadoso que previne a ocorrência de problemas. Isso reduz a frustração e torna a experiência mais fluida.
  6. Reconhecimento em vez de memorização: Minimizar a carga cognitiva fazendo objetos, ações e opções visíveis. O usuário não deve ter que lembrar informações de uma parte da interface para outra.
  7. Flexibilidade e eficiência de uso: Atalhos – invisíveis para o usuário novato – podem acelerar a interação para o usuário experiente, permitindo que o sistema atenda a usuários novatos e experientes. Isso aumenta a usabilidade do sistema para uma gama mais ampla de usuários.
  8. Design estético e minimalista: Interfaces não devem conter informações irrelevantes ou raramente necessárias. Cada unidade extra de informação em uma interface compete com as unidades relevantes de informação e diminui sua visibilidade relativa.
  9. Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar de erros: Mensagens de erro devem ser expressas em linguagem simples (sem códigos), indicar precisamente o problema e sugerir uma solução de forma construtiva e não técnica.
  10. Ajuda e documentação: Embora seja melhor que o sistema possa ser usado sem documentação, pode ser necessário fornecer ajuda e documentação. Qualquer informação de suporte deve ser fácil de buscar, focada na tarefa do usuário, listar etapas concretas a serem seguidas e não ser muito extensa.

Essas heurísticas continuam relevantes e eficazes para orientar o design de interações mais intuitivas e satisfatórias entre usuários e sistemas digitais, ressaltando a importância de uma abordagem centrada no usuário no desenvolvimento de produtos de software.

Impacto no Desenvolvimento de Software

Adotar práticas de usabilidade no desenvolvimento de software não apenas melhora a experiência do usuário, mas também pode resultar em economia de custos a longo prazo. Sistemas e aplicativos usáveis reduzem a necessidade de suporte ao cliente, aumentam a retenção de usuários e podem melhorar significativamente a satisfação do cliente.

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Melhorar a usabilidade em sistemas e aplicativos é um investimento que traz benefícios tangíveis tanto para os usuários quanto para os desenvolvedores. Ao adotar uma abordagem estratégica centrada no usuário, é possível criar soluções que não apenas atendam às necessidades dos usuários de forma eficaz, mas também promovam uma experiência positiva e envolvente. À medida que a tecnologia continua a evoluir, a importância da usabilidade só tende a aumentar, tornando-se um diferencial competitivo essencial no design de software moderno.

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