Considerada uma das técnicas mais eficazes para projetos de interface, o Crazy 8’s é uma metodologia que junta uma visualização rápida com a exploração de ideias dentro de times.
Antes de te explorar mais a fundo essa técnica, vale ressaltar que ela foi desenvolvida pelo designer Jake Knaap para ser trabalhada em projetos de Design Sprint – uma das metodologias ágeis criadas da Google Ventures, parceira e braço de inovação dentro da Google. Você pode baixar o kit de Design Sprint e Crazy 8’s da Google clicando aqui. E se você está interessado em saber mais sobre design sprint, clica aqui.
Agora, de volta ao Crazy 8’s.
Mas no que consiste o Crazy 8’s?
Adaptado do gamestorming (6 – 8 – 10) e bastante utilizado pelo design thinking nas diversas áreas de criação, ele é considerado um divisor de águas entre a parte de idealização de um projeto e sua conclusão.
Resumidamente, ele funciona como um exercício de esboço rápido, no qual, em oito minutos, 8 ideias precisam ser esboçadas pelos membros do time – e aqui estamos falando de oito ideias distintas e únicas, não 8 etapas de uma mesma ideia. O foco do exercício é sair da obviedade das primeiras ideias e apresentar melhores soluções para o problema proposto.
Como eu posso montar um exercício de Crazy 8’s?
Primeiro, precisamos apresentar o que estamos buscando, o problema e fazer anotações sobre tudo que foi levantado para o projeto.
A dinâmica do Crazy 8’s em si acontece em etapas separadas em execução, apresentação e votação. Para isso, você precisa de um cronômetro; A proposta é que se tenham apenas 8 minutos disponíveis para esta dinâmica e nem um segundo a mais.
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- Cada grupo ou membro da equipe receberá uma folha A4 que deve ser dividida em 8 caixas. Aqui também podem ser 8 post-its ou até mesmo buscar na internet templates dessas caixas;
- Os participantes precisam levantar 8 ideias distintas e desenvolver elas com a maior simplicidade possível;
- Depois, é necessário escolher apenas uma entre as 8 ideias e apresentar para o grupo. Aqui é encorajado que todos os participantes tomem notas do que está sendo discutido;
- Assim que elas forem apresentadas, fazemos uma rodada de votações para escolher a melhor entre todas as ideias.
A sugestão da maioria dos profissionais que trabalham com essa metodologia é que ela seja feita pelo menos duas vezes, assim “forçamos” os participantes a romperem com ideias mais tradicionais e se desafiarem a apresentar coisas diferentes. Depois do exercício feito, é necessário que cada pessoa ou grupo escolha sua ideia favorita e a apresente aos demais, com mais três minutos para desenvolver melhor a proposta.
Quando essa metodologia é uma boa opção?
O ponto central quando propomos uma dinâmica de Crazy 8’s é para gerar o maior número de ideias possíveis em um curto espaço de tempo, mesclando quantidade com qualidade quando desafiamos os grupos a irem além com as suas propostas.
Essa metodologia é uma boa opção quando temos pouco tempo em mãos e um projeto de alta complexidade. Com o brainstorm de ideais em apenas alguns minutos, temos um conjunto maior de soluções que podem funcionar para o problema que está sendo investigado.
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